quinta-feira, 7 de outubro de 2010

The Search...


Depois de um bom tempo sem escrever venho fazer, enfim, uma atualização.

Havia escrito algumas coisas nas férias e recentemente, mas ambas não postei... porém, hoje estive lembrando de uns momentos em 2009 e recordei-me de uma pergunta que fizeram para um grupo ao qual eu fazia parte.

Fomos perguntados sobre uma procura... a procura incessante da verdade! Na época eu não soube, se quer, assimilar a pergunta. Hoje eu trago um tema bastante interessante que nos guia de uma forma tão complexa que pode abranger diversos aspectos da nossa vida.

Quantas definições podemos dar ao termo ‘verdade’? Inúmeras. Pode ser aquilo dito com sinceridade, sem omissões. Pode ser um sinônimo de algo correto, pessoal e absoluto, como por ex; o seu caminho, a sua verdade, o seu modo de encarar as coisas.

Mas, mesmo com tanta individualidade em torno dessa palavra, a ‘verdade’ pode ser, também, algo abstrato e muito abrangente.

Ptolomeu, no século I d.c, tinha uma visão geocêntrica do mundo... acreditando que tudo girava em torno da terra, que nós estávamos no centro do universo e isso foi levado por séculos como uma verdade absoluta, até que N. Copérnico mais de mil anos depois quebrou esse dogma e nos trouxe uma visão mais aceita do real posicionamento da terra no universo. Como se vê, por vários séculos se acreditou em algo considerado, hoje, absurdo. Então, quem nos garante que hoje também não acreditamos em ‘verdades’ impossíveis?

Com a ajuda da tecnologia o homem pode buscar quebrar esses dogmas, verdades incontestáveis, mas nada garante que, assim como a absoluta certeza de um dia estar certo, que já encontramos a forma correta de viver ou mesmo de encarar a verdade.

Dentro de cada uma de nós existe uma maneira de enxergar o mundo, essa maneira é o que nos faz interpretarmos tantas coisas de formas tão diferentes da dos nossos semelhantes.

Esse universo no qual vivemos a nossa verdade pode ser totalmente diferente para seu(ua) amig@, seus pais. Como isso é possível? Isso é possível porquê dentro de nós, na realidade, não existe o citado universo, existe um multiverso de verdades, de conceitos, crenças e, principalmente, condutas. É aí que devemos ter o máximo de tolerância possível com tudo o que vem ‘de fora’ de nós, com idéias e opiniões contrárias as nossas, pois nunca se sabe o que realmente é verdadeiro, e mesmo que saibamos, isso não quer dizer que também o seja para todas as pessoas.

Que a procura da verdade seja um força motora que nos leve a acreditar mais nas possibilidades da vida, nas mudanças, nas incertezas e nos questionamentos. Pois assim como a humanidade estava ‘errada’ por séculos, nos, herdeiros dessa ignorância, poderemos estar ainda mais. Seja no modo de vida, seja nas crenças ou seja nos valores.




F.S

3 comentários:

  1. Em minha singela opinião, a verdade nada mais é que a expressão dos fatos. Acreditar nela ou não vai depender de uma questão de probabilidade de ser ou não ser.

    http://ovalordaminhainsanidade.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  2. Apesar de vc ja ter falado isso p mim, nunca percebi tao claramente como isso é concreto. Serve para que eu mude um pouco minha visão de mundo e aceite pelo menos escutar as novas idéias=]

    ResponderExcluir
  3. "A verdade não cabe numa só versão
    E tantas delas, assim,
    guardadas n'uma prisão.
    Como mentiras e outras coisas
    que despertam atenção,
    A exemplo das verdades de televisão.
    Suas verdades podem ser ou não:
    verdades ou invenção,
    podendo sim, por que não?
    Ter ou não ter sequer uma razão."

    Mailson Furtado

    ResponderExcluir